No Dia da Fibromialgia, Cocal do Sul destaca atendimento humanizado e ações

No Dia da Fibromialgia, Cocal do Sul destaca atendimento humanizado e ações

Nesta segunda-feira (12), Dia Mundial da Fibromialgia, Cocal do Sul dá visibilidade a uma causa silenciosa, mas vivida intensamente por muitas pessoas: a dor crônica e invisível da fibromialgia. Atualmente, cerca de 150 pacientes são acompanhados pela rede pública municipal, com um trabalho que une escuta e cuidado.

Entre essas pessoas está Janice Grassi da Silva, de 52 anos, moradora da cidade. O diagnóstico veio em 2022, depois de meses de desconfortos, dores constantes e incompreensão. Mas foi no serviço público de saúde de Cocal que Janice encontrou um novo rumo para a própria rotina e, principalmente, um novo olhar sobre si mesma.

“Não existe cura, mas aqui eu encontrei acolhimento. Faço hidroginástica, participo das rodas de conversa, converso com psicólogos. Hoje tenho mais tranquilidade, fé e persistência. Já consegui até reduzir alguns remédios com a ajuda dos profissionais. Sou grata por esse cuidado cheio de amor”, conta.

A rede de apoio criada pelo município inclui encontros mensais com equipe multidisciplinar, atividades físicas, fisioterapia, atendimento psicológico e campanhas de conscientização nas unidades de saúde. Além disso, são emitidas carteirinhas de identificação para facilitar o atendimento e garantir prioridade nos serviços.

O prefeito Ademir Magagnin reforça que o compromisso com essas pessoas vai muito além de ações pontuais. “Estamos falando de 150 moradores que vivem com dores e precisam ser compreendidos. O nosso papel é oferecer estrutura, mas também respeito, escuta e humanidade. O poder público tem o dever de dar esse suporte com responsabilidade e carinho”, afirma.

No último sábado (10), como parte da programação do Sábado Especial, a equipe da saúde esteve nas praças centrais da cidade com uma ação de conscientização sobre a fibromialgia. A proposta foi levar informação, dialogar com a comunidade e mostrar que, com atenção e acolhimento, é possível conviver melhor com a doença.

A secretária de Saúde, Giovana Galato, lembra que a maioria dos atendidos são mulheres, e que o preconceito ainda é um desafio. “A fibromialgia é uma dor que não se vê, mas se sente. Por isso, mais do que tratar, precisamos cuidar. E isso envolve dar voz, oferecer espaço e construir uma rede de apoio real e presente”, destaca.


 

Texto e fot;Kelley Alves